Em sintonia com universidades de vários continentes, a Unicamp participou, nessa quarta-feira (28/11), do 1º Dia Mundial do Acesso ao Ensino Superior (World Access to Higher Education Day – WAHED). Alinhada às ações promovidas, simultaneamente, por diversas Instituições de Ensino Superior em todo o mundo, a Pró-Reitoria de Graduação (PRG) promoveu um encontro para discutir questões de acesso abordando a diversidade de experiências educacionais e culturais trazidas pelos estudantes, com foco na permanência qualificada em todos seus cursos.
Para a Pró-Reitora de Graduação, Eliana Amaral, “aspectos acadêmicos (como currículo, estratégias educacionais colaborativas, desenvolvimento docente para o Ensino Superior), além de ambiente educacional e apoio institucional com bolsas e benefícios, são as três vertentes da permanência”. Eliana reforça que cada detalhe é importante para a formação de profissionais e cidadãos. A qualidade dessa formação pode se refletir na contribuição individual e coletiva para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda das Organizações da Nações Unidas (ONU) 2030, um arcabouço adotado para direcionar futuras mudanças curriculares e, inclusive, a Recepção dos Ingresssantes 2019.
A Coordenadora do Pacto Universitário para a Promoção do Respeito à Diversidade, Cultura de Paz e Direitos Humanos (MEC/Min. da Justiça) na Unicamp, Néri de Barros, destaca, por exemplo, que “a discussão dos direitos humanos irá acelerar muitos processos que já estão latentes”. Para Néri, “além de criar um olhar a partir dos princípios dos direitos humanos para nossa prática de pesquisa, ensino, gestão e convívio é necessário também criar mecanismos para envolver as unidades e órgãos nesse movimento. Não é possível esperar que a comunidade venha até a gente, é preciso ir até ela através de multiplicadores como alunos, professores e funcionários”, explica ela ao destacar ainda que uma das próximas iniciativas do Observatório de Direitos Humanos será propor um ano temático onde todas as atividades acadêmicas serão pautadas sobre o tema “Unicamp solidária” para que seja possível dar enfâse ao compromisso profundo e sério da Universidade com as pessoas e com a sustentabilidade do planeta.
Participaram do encontro membros dos seguintes Grupos de Trabalho (GT): Inclusão Indígena, Combate ao Racismo, Incluir (para Pessoas com Deficiências), Combate à Discriminação e Violência Sexual, Cátedra Sérgio Vieira de Melo para Refugiados e o Observatório de Direitos Humanos. Estiveram presentes também representantes dos órgãos: Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), Grupo Gestor de Tecnologias Educacionais (GGTE), Espaço e Apoio ao Ensino e Aprendizagem (EA2), Serviço de Assistência Psicológica e Psiquiátrica (SAPPE), Programa de Formação Interdisciplinar Superior (ProFIS), Comissão Central de Graduação (CCG), Centro de Ensino de Línguas (CEL), Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (NEPP), Instituto de Matemática, Estatística e Computação Cinetífica (IMECC) além da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest).
À frente do GT de Combate ao Racismo, o professor Gilberto Alexandre Sobrinho, do Instituto de Artes (IA) acrescenta que as ações promovidas pela PRG são importantes pois se debruçam sobre as especificidades de cada uma das áreas do conhecimento e auxiliam nas medidas de reestruturação dos cursos a fim de contribuir para melhorias nas unidades que refletem diretamente nos interesses gerais do movimento WAHED. “Fico mito feliz de estar em uma instituição que conduz e pensa dessa forma, um conjuto de atividades em prol dos estudantes e sobretudo, em como a Unicamp tem pensado estratégicamente sua graduação. Apesar dos baixos recursos, estão sendo criados novos programas e novas soluções têm sido constantemente apontadas. É muito gratificante”, conta Gilberto.
Ana Carolina de Moura Delfim Maciel, responsável pela Coordenadoria dos Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa (Cocen) e representando a Cátedra de Refugiados, ressalta a relevância e os benefícios que atividades como essa promovem nas discussões pertinentes a cada GT em exercício na Universidade. “Um momento como esse é muito importante, pois nos permite compartilhar e debater inúmeras ações que estão sendo executadas na Unicamp em prol de uma diversidade pautada na inclusão de forma cada vez mais efetiva e consistente”, pontua Ana Carolina.
Participação em rede
No decorrer de toda a quarta-feira, a Unicamp publicou, em seus diferentes canais de comunicação, conteúdos direcionados ao “World Access to Higher Education Day” utilizando a hastagh #WAHED2018, adotada pelos organizadores especialmente para essa data. Confira abaixo o conteúdo compartilhado: