O Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) conseguiu, por meio do remanejamento de verbas remanescentes, disponibilizar um número maior de bolsas para os estudantes da Unicamp atendidos pelo programa de permanência estudantil. Foram mais 120 bolsas do tipo Bolsa Auxílio-Social (BAS) e 165 bolsas auxílio-moradia. Com o acréscimo, em 2018 serão pagas 1780 BAS e 1298 auxílio-moradia. Já havia sido previsto no orçamento da Unicamp um aumento de 10% nas bolsas auxílio-social e 37% de auxílio-moradia. Ainda assim, a demanda foi maior.
“O que fizemos foi um estudo interno de verbas remanescentes de algumas bolsas que não tinham sido utilizadas por determinado período. Isso ocorre por exemplo no período de férias, quando não temos todas as bolsas preenchidas, em decorrência da formatura ou quando os estudantes usufruem da bolsa apenas por um tempo e saem do programa porque receberam outro tipo de benefício ou conseguem um estágio, por exemplo”, explicou a professora Helena Altmann, coordenadora do SAE.
Também houve remanejamento de verbas da bolsa BAS que complementa a iniciação científica. “Trata-se de uma utilização mais eficiente dos recursos públicos destinados à permanência estudantil de modo a atender um número maior de estudantes”, complementou. Entre 2016 e 2018 a Universidade aumentou em 34% o orçamento anual destinado a bolsas e ao programa de permanência estudantil.
De acordo com a professora, em relação à moradia, somando-se o número de bolsas às vagas no Programa de Moradia Estudantil (PME), hoje a Unicamp consegue atender a todos os estudantes que requisitaram benefício de moradia e atenderam aos critérios exigidos. O valor do auxílio-moradia é de R$428,76, enquanto a BAS corresponde a R$678,00, acrescido do valor aproximado de R$200,00 de transporte e acesso gratuito ao restaurante universitário.
As bolsas são uma dimensão importante do programa de permanência estudantil da Unicamp, como destaca a coordenadora. O objetivo do programa é propiciar que os estudantes de menor renda possam cumprir a sua trajetória de formação dentro da universidade. São vários tipos de bolsas com duração de até um ano. Para receber, o estudante passa por processo seletivo com critérios socioeconômicos e acadêmicos. Além disso precisam oferecer uma contrapartida como ocorre por exemplo com a BAS, que exige 40 horas de trabalho mensais, em projeto desenvolvido pelo estudante supervisionado por um docente ou funcionário.
Altmann afirma que a Unicamp está buscando qualificar cada vez mais os projetos e a formação dos estudantes. Prova disso foi o edital de 2017 que submeteu a pareceristas os projetos contemplados para 2018. No dia 22 de outubro, aproveitando a estrutura do Congresso de Iniciação Científica no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp, resultados dos projetos dos bolsistas serão expostos ao público no formato de pôster. O evento será o “I Congresso de Projetos Institucionais de Permanência Estudantil da Unicamp”.
Outra novidade este ano que ajudou a diversificar o programa de permanência estudantil foi a implementação do Benefício de Isenção de Taxa de Alimentação (BITA), aprovado pelo Conselho Universitário no final do ano de 2017. Com o aumento no valor das refeições nos restaurantes universitários foi ampliada a isenção de pagamento para todos os estudantes com renda de até um salário mínimo e meio. Dos 1401 inscritos em março, foram 957 contemplados.
Publicado originalmente em: